FADIMAB – Faculdade de
Ciência e Tecnologia Professor Dirson Maciel de Barros
ALTAS
HABILIDADES, SUPERDOTADOS
Goiana, 2012
FADIMAB – Faculdade de
Ciência e Tecnologia Professor Dirson Maciel de Barros
ALTAS
HABILIDADES, SUPERDOTADOS
Trabalho
apresentado como requisito complementar para a avaliação do 2º Exercício da
disciplina Psicologia da Educação Especial, pelas Alunas: Maria Rosineide,
Sandreli Marques, Marisa Soares e Roberta do IV período do curso de
Pedagogia à Professora: Vera Lúcia.
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Goiana, 2012
INTRODUÇÃO
Neste Trabalho falaremos sobre Crianças
Superdotadas, como avaliar seus talentos especiais e o que fazer para
encoraja-la a desenvolvê-lo. É difícil determinar a periodicidade do
desenvolvimento mental de uma criança, e é particularmente difícil avaliar em
crianças muito pequenas.
No Entanto, ser superdotada não significa ter
uma vida de facilidades como supõe o imaginário popular. Afinal, não é nada fácil
ter a inteligência de um adulto no corpo de criança e se desenvolver nas
atividades trabalhadas nas escolas de formas diferentes junto com outros
alunos, isso pode gerar dificuldades para o aluno, sobretudo no emocional.
A pesquisa aqui expressa buscar mostrar que é
importante e necessário trabalhar com os alunos superdotados de maneira
desafiadora em seu âmbito de conhecimento e pela companhia de pessoas com
capacidade similar. Se a educação especial for oferecida desta forma, o
estimulo e a mente brilhante destas crianças florescerá.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Superdotados ou Portadores de Altas
Habilidades são aquelas pessoas que possuem um grau de habilidade
significativamente maior do que a maioria da população. Os superdotados
geralmente possuem grande facilidade e rapidez para aprender, possuem um
elevado grau de criatividade, são muito curiosos, possuem grande capacidade
para analisar e resolver problemas, além de possuírem um senso crítico bastante
elevado. Embora essas pessoas possuam grandes vantagens nos processos que
abrangem o lado intelectual, como no desempenho em provas escolares,
vestibulares e na capacidade criativa, os superdotados podem encontrar algumas
dificuldades sociais e de convivência. Muitas crianças superdotadas procuram a
companhia de pessoas mais velhas, na tentativa de encontrar parceiros com o
mesmo nível intelectual. Além disso, podem ocorrer nestas pessoas, o
desencadeamento do medo da não-aceitação social, sintomas de ansiedade, solidão
e até mesmo de depressão.
O grau das habilidades de uma pessoa Portadora de Altas Habilidades (PAH), como
os especialistas preferem dizer, é medido através de um teste de Q.I (Quociente
de Inteligência). Esse teste consiste num conjunto de tarefas e problemas a
serem resolvidos, onde os acertos são contabilizados como pontos. A média geral
é em torno de 100 pontos, portanto as pessoas que ultrapassam esse patamar
podem ser consideradas superdotadas.
Existem vários tipos de
habilidades em que os Portadores de Altas Habilidades podem ser enquadrados. As
habilidades podem estar relacionadas com a área acadêmica, onde o indivíduo
tira notas muito boas e possui enorme facilidade em assimilar o conteúdo; com o
área artística, tendo grande talento em expressar suas emoções através da
música ou pintura, por exemplo; e na área psicomotora, com ótimos desempenhos
em esportes e atividades que requeiram boa coordenação do corpo. É importante que os pais que possuem
filhos portadores de altas habilidades, discutam a questão com a criança ou
adolescente, de forma clara e sincera. Aliado a essa posição, eles também devem
incentivar e apoiar a convivência de seus filhos com outras pessoas, além de
estabelecerem limites e fazer com que seus filhos entendam.
São consideradas crianças superdotadas e talentosas
as que apresentam notável desempenho e/ou elevada potencialidade em qualquer
dos seguintes aspectos, isolados ou combinados:
— capacidade
intelectual superior"
— aptidão acadêmica específica;
— pensamento criador ou
produtivo;
— capacidade de liderança;
— talento especial para artes
visuais, artes dramáticas
e música;
— capacidade psicomotora.
A identificação da criança superdotada, para efeito
de atendimento educacional, deverá ser feita o mais cedo possível, desde os
níveis pré-escolares, objetivando o pleno desenvolvimento de suas capacidades e
ajustamento social. A Criança será estudada em sua totalidade, utilizando-se
vários procedimentos, criteriosamente selecionados, para que o processo de identificação atinja padrões
mínimos de eficiência; serão considerados – recomendações dos professores,
resultados escolares, resultados de testes coletivos, resultados de testes
individuais, combinação e diagnostico de superdotados, testes individuais e/ou
coletivos que não ofereçam garantia de rigor cientifico e de adequabilidade.
A aplicação dos
diversos meios de identificação dos alunos superdotados exigirá pessoal
especificamente preparado para esse fim.Os alunos superdotados, a não ser em
casos extraordinários (os identificados como “gênios”, mediante diagnostico
seguro), serão atendidos em escolas comuns, onde receberão tratamento especial
adequado.Esse tratamento especial visará ao desenvolvimento das potencialidades
dos superdotados, considerando as demais condições desses alunos, de modo a
permitir sua formação global, como pessoas e como cidadãos; não haverá, pois,
preocupação exclusiva com o desenvolvimento do(s) talento(s) que possuam, mas
também com a formação harmoniosa de sua personalidade. O Tratamento especial a
ser proporcionado aos superdotados compreenderá, conforme o caso e as condições
da escola, programação de enriquecimento curricular, de aceleração de estudos
ou as duas modalidades conjugadas.
Os superdotados
frequentarão classes comuns sempre que o professor de classe tenha condições de
trabalhar com programas ou atividades diferentes, em grupos diversificados, e
disponha de orientação e materiais adequados, que lhe possibilitem oferecer
tratamento especial a esses alunos. Nessas Turmas, os superdotados poderão,
inclusive, exercer funções de monitoria.
Quando não houver as condições acima descritas, os
superdotados poderão, frequentar classes especiais de escolas comuns,
promovendo-se a realização do maior numero possível de atividades conjuntas dos
alunos superdotados e dos demais alunos da escola. Não serão criadas classes
especiais e se não houver condições de oferecer aos alunos o tratamento
especial de que necessitam. No Caso de os alunos superdotados haverem
terminado, antes da idade normal, parte dos estudos do ensino de 1º grau,
poderão frequentar simultaneamente escolas de 2º grau que tenham matriculas por
disciplina. É de conveniência que, sempre que possível, pelo menos até aos 14
anos, tenham oportunidade de conviver com colegas de sua faixa etária com
vistas a sua integração social.
O Superdotado será
reavaliado periodicamente com a finalidade de ajustamento constante do
tratamento especial que deve receber.Trabalhar com alunos
com altas habilidades requer, antes de tudo, derrubar dois mitos. Primeiro:
esses estudantes, também chamados de superdotados, não são gênios com
capacidades raras em tudo - só apresentam mais facilidade do que a maioria em
determinadas áreas. Segundo: o fato de eles terem raciocínio rápido não diminui
o trabalho do professor. Ao contrário, eles precisam de mais estímulo para manter
o interesse pela escola e desenvolver seu talento - se não, podem até se
evadir. A Organização Mundial de Saúde (OMS) calcula que pelo menos 5% da
população tem algum tipo de alta habilidade. No Brasil, até o ano passado,
haviam sido identificados 2,5 mil jovens e crianças assim. Para dar um
atendimento mais qualificado a esse público, o Ministério da Educação (MEC)
criou em 2005 Núcleos de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação em todos
os estados. Apesar de ainda pouco estruturados, esses órgãos que têm o papel de
auxiliar as escolas quando elas reconhecem alunos com esse perfil em suas salas
de aula (saiba como buscar ajuda no quadro abaixo).No Distrito
Federal, tal serviço existe desde 1976 - razão pela qual a identificação de
jovens com altas habilidades, embora ainda pequena, seja a maior do país.
"Aprendi na prática que a superdotação é democrática e pode ocorrer em
qualquer aluno, em qualquer local ou classe social e até naquele com alguma
limitação física ou psíquica", afirma a atual coordenadora do projeto no
Distrito Federal, Olzeni Leite Costa Ribeiro. Assim como os estudantes
diagnosticados com algum tipo de deficiência, os que têm altas habilidades
precisam de uma flexibilização da aula para que suas necessidades particulares
sejam atendidas, o que os coloca como parte do grupo que tem de ser incluído na
rede regular de ensino. "O que devemos oferecer a eles são desafios",
resume a presidente do Conselho Brasileiro de Superdotação, Susana Graciela
Pérez Barrera Pérez.
É importante ressaltar que crianças superdotadas em ideia
pré-escolar constituem um grupo heterogêneo em termos de interesses, níveis de
habilidades, desenvolvimento emocional, social e físico (Cline &
Schwartz,1999). Nesse sentido, podemos nos deparar com uma criança avançada do
ponto de vista intelectual, mas imatura emocionalmente. O Professor deve estar
atento a essa possível falta de sincronia entre desenvolvimento intelectual e
afetivo ou físico. Por exemplo uma criança superdotada pode apresentar leitura
precoce, porem ter dificuldades em manipular um lápis, pois suas habilidades
motoras não estão totalmente desenvolvidas. Além disso a habilidade superior
demonstrada por essa criança pode ser resultado de uma estimulação imensa por
parte das pessoas significativas de seu ambiente. Ao atingir a idade escolar, o
desenvolvimento dessa criança pode se normalizar e ela passar a apresentar um
desempenho semelhante aos alunos de sua idade.
Algumas
Características do Superdotado
• Alto grau de curiosidade
• Boa memória
• Atenção concentrada
• Persistência
• Independência e autonomia
• Interesse por áreas e tópicos diversos
• Aprendizagem rápida
• Criatividade e imaginação
• Iniciativa
• Liderança
• Vocabulário avançado para sua idade
• Facilidade de interagir com crianças
mais velhas e/ou adultos
• Habilidade para lhe dar com ideias
abstratas.
• Interesses por livros e outras fontes
de conhecimento
• Alto Nível de Energia
• Senso de Humor
• Originalidade de resolver problemas
Onde buscar ajuda
O superdotado pode ter
qualquer perfil, do mais bagunceiro ao braço direito da professora, passando
pelo tímido. O que o torna diferente é a habilidade acima da média em uma área
específica do conhecimento. Isso pode ter razões genéticas ou ter sido moldado
pelo ambiente em que o aluno vive. Raramente, os superdotados têm múltiplas
habilidades. Portanto, uma boa pista para encontrá-los é reparar no desempenho
e no interesse muito maiores por um determinado assunto. O professor deve
desconfiar de estudantes com vocabulário avançado, perfeccionistas,
contestadores, sensíveis a temas mais abordados por adultos e que não gostem de
rotina. O Ministério da Educação montou um formulário com 24 frases que ajudam
a identificar estudantes assim
(confira a lista no quadro "Como
identificar a superdotação"). Se você reconhece um de seus alunos
como possível superdotado, procure o Núcleo de Atividades de Altas
Habilidades/Superdotação na Secretaria de Educação de seu estado. Os núcleos
têm a obrigação de indicar uma psicopedagoga para avaliar se a criança ou o
jovem têm mesmo uma alta habilidade - e encaminhá-lo ao programa oficial de
estímulo, com atividades extraclasse e orientações para o professor e a
família. Instituições não governamentais também apoiam professores e familiares
que procuram ajuda para desenvolver talentos. Alguns exemplos são o
Instituto
Rogério Sternberg, no
Rio de Janeiro, e o Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Especiais
da Universidade Federal do Paraná.
Trabalho requer estratégias diversificadas e apoio externo
A professora Lucyana de
Araújo Domingues de Andrade tem três superdotadas entre seus 35 alunos da
Escola Classe 106 Norte, em Brasília. Beatriz foi identificada com altas
habilidades em artes na 1ª série. Laura Helena teve a superdotação em
conhecimentos gerais reconhecida quando estava na 2ª. E, este ano, Lucyana
percebeu que Daniele tem interesse e capacidade acima da média em todas as
disciplinas. Como o Distrito Federal conta com salas de recursos disponíveis na
rede pública, as meninas têm acesso duas vezes por semana a atividades de
estímulo no contraturno, o que não significa que deem mais sossego à
professora. "São ótimas alunas e, por isso mesmo, me dão mais trabalho do
que os colegas", diz. Segundo ela, Beatriz chama a atenção quando faz
atividades artísticas e as outras duas perguntam o tempo todo, lembram de
detalhes de conteúdo antigo e são muito rápidas na execução de trabalhos.
"Terminam em poucos minutos exercícios que entretêm a turma por duas
horas", diz. Para mantê-las instigadas, Lucyana chega a dar quatro
atividades a mais. Em Matemática, por
exemplo, ela usa folhetos de supermercado para trabalhar as quatro operações.
Quando as meninas terminam, pede que
aprofundem as questões, pensem como ficaria a conta se houvesse uma promoção ou
quais produtos um cliente teria de deixar de comprar se tivesse menos dinheiro
do que o valor final. Em Português, todos leram a fábula A Cigarra e a
Formiga, de La Fontaine. Em seguida, escreveram os possíveis diálogos dos
personagens - e as meninas com altas habilidades foram além. "Perguntei se
hoje a cigarra poderia ganhar dinheiro cantando. E elas fizeram uma história a
mais." Lucyana também promove a integração ao pedir que as alunas auxiliem
os que têm menor nível de conhecimento. "Às vezes, por explicar com a
mesma linguagem infantil, elas conseguem bons resultados ou, pelo menos,
percebem que cada um tem uma maneira de aprender", diz. Fora tudo isso, a
sala dispõe de um varal de livros, para ser lidos nos intervalos ou quando
alguém acaba a atividade antes que os outros. "A maioria pega os
exemplares mais ilustrados para folhear. Elas não: leem livros que seriam para
crianças mais velhas",conta.
.
Níveis de Inteligência
Precoce:
Crianças que apresentam alguma habilidade em qualquer área do conhecimento,
como uma criança que lê antes dos 4 anos ou um aluno que ingressa na
universidade aos 13 anos
Prodígio:
Crianças com idade até 10 anos demonstram desempenho ao nível de um
profissional adulto em qualquer campo, como Mozart(música) e Josh
Waitzhin(xadrez).
Gênio:
Implica na Transformação de um campo de conhecimento com consequências
fundamentais e irreversíveis. O gênio seria aquele que além de deixar sua marca
leva as pessoas a pensarem de forma criativa e diferente como Einstein e Freud.
REFERENCIAS
Educação Especial em Foco. Rio de
Janeiro, Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais, 1974, Nise Pires.